A confiabilidade das igrejas está em baixa
O CPAD NEWS publicou assustadora pesquisa. Trata-se do Índice de Confiança Social que, entrevistando 3.802 pessoas nos países de Porto Rico, Argentina e Brasil, apresenta um dado alarmante. A confiabilidade das igrejas está em baixa!
Na pesquisa, a Família aparece em primeiro lugar, a população de modo geral em segundo, os vizinhos em terceiro, os amigos em quarto, o corpo de bombeiros em quinto e as igrejas em sexto.
Será que é difícil entender essa queda? A pesquisa não apresenta as razões pelas quais a confiança dos cidadãos na igreja diminuiu de 58% para 53% na Argentina (5%) e de 76% para 73% no Brasil (3%).
Porém não é difícil imaginar! É só olhar os noticiários que envolvem escândalos entre os líderes religiosos, disputas acirradas pelo poder eclesiástico, e vida nababesca de líderes que a cada programa retiram o pouco que resta de uma população excluída e marginalizada, que sofre de várias doenças sociais.
O “cristo” que eles anunciam e servem não é o mesmo CRISTO pregado pelos apóstolos e pelo Novo Testamento. Nosso Senhor Jesus não retirou qualquer dracma dos pobres e não deseja sequer um real dos homens de hoje. Mas os ministérios grandiloquentes, esses sim, precisam cada vez mais ostentar o luxo de seus líderes grandílogos e o “cristo” do “berço esplêndido” e do “trono de glória” no lugar do verdadeiro Cristo da Manjedoura e do Calvário. Não precisamos saber as razões, você e eu as vemos em cada esquina!
No Brasil, nos orgulhamos de “ser uma nação evangélica”?! Certas denominações gostam de apresentar cifras estratosféricas da membresia. Os “evangelásticos” apresentam no lugar de 30 convertidos 300; é só acrescentar um zero, e tudo resolvido. Se entregássemos a certos institutos de pesquisas a responsabilidade de realizar um censo da membresia das denominações certamente veríamos que o título de nação mais cristã da América Latina baseia-se em dados discutíveis e inconfiáveis. Mesmo que eu esteja errado quanto à cristianização do povo brasileiro, também não é isso que desejo aqui discutir, me pergunto qual a importância disso? Serve, em minha opinião, apenas para lustrar o orgulho dos líderes e das denominações.
Prezado leitor não é estranho o fato de nos ufanarmos tanto dos números de adeptos das denominações evangélicas e não haver qualquer melhoria na sociedade? A corrupção, a ganância, a pobreza, a injustiça social, a fome e a miséria ainda são fatos latentes na realidade cotidiana. E mesmo assim não nos damos conta de que o avanço do Evangelho de Cristo significa o avanço da justiça, da verdade, da equidade, da fraternidade e do amor na sociedade e no cotidiano das pessoas.
Se vangloriamo-nos de sermos uma nação evangélica, que admitamos também a nossa inoperância e ineficácia para mudar a realidade do povo brasileiro.
Só a Deus a Glória
Fonte: Mensageiro da Paz.
Pastor Muller