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A FORMAÇÃO DO CANON
A FORMAÇÃO DO CANON

BIBLIOLOGIA

 

 

 

A FORMAÇÃO DO CANON

 

Toda religião revelada precisa do estabelecimento de um Cânon sagrado que identifique a revelação de Deus.

A fé judaico- cristã sentiu a necessidade do Cânon para conservar, preservar e observar essa

revelação .

A comunidade cristã foi expressando sua fé na adoção de determinados escritos como sagrados. Essas listas, em grego, denominavam-se Kânon. Na bibliografia grega temos a idéia de regra, norma, padrão.

Canonização é, pois, o processos pelo qual os livros da Bíblia se tornaram normativos para a comunidade que os escolheu.

Canônicos são os livros aceitos pela comunidade cristã como sagrados divinamente inspirados e fidedignos para a instrução dos fiéis.

Certamente, alguns critérios para estabelecer a canonicidade em relação aos livros do antigo testamento foram: os autores sagrados registraram de forma escrita as revelações e mensagens que recebiam da parte de Deus para que servissem de orientação seus descendentes ( Ex 17.14 - Dt 31.24 – At 2.38)

O reconhecimento pelos rabinos judeus da época de que os escritores eram inspirados por Deus.

Na realidade a igreja canonizou o que já estava canonizado .

Para a igreja primitiva determinar a canonicidade de um livro ele teria de ter sido escrito por um homem de Deus, ser autêntico, teria de conter a virtude que transformassem vidas, ser lido e aceito pelos rabinos .

A confirmação pelo Espírito Santo produzindo fé e obediência à Palavra de Deus.

CANON JUDAICO

 

O cânon hebraico é composto de 24 livros divididos em três grupos: a lei (Torah), os profetas(Nebhim) e os escritos ( Kethubim).

  • A seguir, a ordem de aceitação dos livros como canônicos:

  • Torah:Gênesis – ixodo – Levítico – Números – Deuteronômio.

  • Nebhim :Josué – Juízes – Samuel – Reis – Isaías – Jeremias – Ezequiel – e

  • os Doze profetas menores

  • Kethubim :Salmos – Provérbios – Jó – Cantares – Rute – Lamentações –

  • Eclesiastes – e os ( cincos rolos) – Daniel – Esdras – Neemias – Crônicas.

  •  

Obsevação: são chamados assim porque cada um deles foi escrito individualmente para ser lido

nas festividades judaicas: CANTARES da Páscoa –RUTE no Pentecoste –

ECLESIASTES na festa do Tabernáculo – Ester no Purim – e Lamentações no

aniversário da destruição de Jerusalém.

 

 

Os judeus possuíam o Talmude que não é a Bíblia hebraica, mas sim, o comentário que interpreta a Bíblia judaica.

Talmude é o conjunto da Mishná e da Guemará.

Mishná é o comentário das Escrituras ( Velho Testamento em Hebraico).

Guemará é o comentário da Mishná.

Para os judeus, o Talmude é reconhecido como tendo a mesma autoridade da Bíblia hebraica.

Mas para os cristãos ele não se reveste de nenhuma autoridade.

 

CANON CATOLICO

 

Cânon católico do antigo testamento é o mesmo da Septuaginta.

Os livros estãos divididos em 4 partes: Lei – História – Poesia – Profecia, mas com acréscimo dos livros apócrifos. Assim o cânon católico hebraico somam ao todos 46 livros:

 

A Lei: Genesis – Exodo – Lévitico – Números Deuterônomio.

 

Históricos: Josué – Juízes – Rute – I e II Samuel – I e II Reis – I e II Crônicas ou Paralipômenos,

Esdras - Neemias – Tobias – Judite – Ester – I e II Macabeu.

 

Poéticos: Jó – Salmos – Provérbios – Eclesiaste e Cantares – Sabedoria – Eclesiástico.

 

Proféticos: Isaías – Jeremias – Lamentações – Baruque – Ezequiel – Daniel – Amós – Oséias – Joel - Obadias – Jonas – Miquéias – Naum – Habacuque – Sofonias – Ageu – Zacarias –

Malaquias.

 

Obs:Em algumas versões antigas, Samuel e Reis são apresentados como primeiro, I, II, III,

IV Reis e Esdras e Neemias, como I e II Esdras.

 

CANON PROTESTANTE

 

Sob o critério de linguagem e conteúdo, a Bíblia está dividida em duas partes principais: O Antigo Testamento e o Novo Testamento. O Antigo Testamento tem 39 livros, e o Novo Testamento 27, totalizando 66 livros. O cânon protestante do Antigo Testamento está distribuído em 39 livros diferentes:

 

  • LEI : Gênesis – ixodo – Levítico – Números e Deuteronômio.

  • Históricos : Josué – Juízes – Rute – I e II Samuel – I e II Reis – I e II Crônicas – Esdras

  • Neemias – e Ester.

  • Poéticos : Jó – Salmos – Provérbios – Eclesiastes – Cantares.

  • Proféticos : Isaías – Jeremias – Lamentações – Ezequiel – Daniel – Oséias – Joel – Amós - Obadias – Jonas – Miquéias – Naum – Habacuque – Sofonias –

  • Ageu – Zacarias - Malaquias.

 

ANALISANDO OS TEMPOS

 

Por meio de um longo processo, em que o pressuposto básico foi a inspiração divina, o povo de Deus estabeleceu o seu Cânon sagrado. Nesse processo de escolha dos livros sagrados apareceram algumas expressões:

 

Apócrifos: Livros que não foram recebidos pela comunidade cristã como inspirados. O Termo em grego significa “escondido”, pois os livros se apresentavam como revelações secretas. Apócrifo, porém, não significa “condenado”, porque muitos deles eram leitura prediletas de judeus e cristãos. A carta de Judas, no Novo Testamento, chega a mencionar esses livros.

Os apócrifos não são aceitos como sagrados pelos protestantes e judeus. Esse termo significa !espúrio, oculto, secreto”. Foram fixados nas edições católicas por determinação de Concílio de Treno (1545 – 1563).

Relacionamos, a seguir, alguns livros apócrifos: Tobias – Judite - Sabedoria – Baruc – Ester – 10.4 – 16.24 – História de Suzana – Bel e o Dragão, os três jovens na fornalha ( que são acréscimos aos livros de Daniel) – Eclesiásticos – I e II Macabeus – Oração de Manassés – III e IV Esdras entre outros.

Embora raramente possam ser encontrados, existem também os livros apócrifos do Novo Testamento, que são, entre outros, os seguintes:

  • 1- Evangelho segundo os hebreus, os atos de Pilatos, Apocalipse de Pedro, Evangelho de Tomé, 2- Os Atos de Paulo, Evangelho aos doze apóstolos e III Epístola aos coríntios.

  •  

RESUMO DAS HERESIAS NOS APOCRIFOS

 

TOBIAS ( 2000 a.C. )

uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael.

 

 

SUAS HERESIAS:

  • 1- A Justificação pelas obras – Tobias 4.7-11; 12.8

  • 2- Mediação dos Santos – 12.12

  • 3- Superstições – 6.5,7 – 9,19

  • 4- Um anjo engana Tobias e o ensina a mentir – 5.16-19

 

  • JUDITE (150 a.C)

  • História de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando o inimigo e, em seguida corta sua cabeça. Sua grande heresia é a própria história, na qual os fins justificam os meios.

 

  • BARUQUE ( 100 a.C )

Traz, entre outras coisas, a intercessão pelos mortos – 3.4.

 

  • ECLESIASTICO ( 180 a.C)

muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse as tantas heresias. A saber:

  • Justificação pelas obras – 3.33-34.

  • Trato cruel aos escravos – 33.26,30; 42.1,5

  • Incentiva o ódio aos samaritanos – 50.27,28

 

SABEDORIA DE SALOMÃO (40 a.C)

 

Livro escrito com a finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e a idolatria do epicurismo (filosofia grega na Era Cristã)

 

Suas heresias:

  • O corpo como prisão da alma – 9.15

  • Doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma – 8.19,20

  • Salvação pela sabedoria – 9.19

 

I MACABEUS (100a.C)

 

Descreve a história da família “macabeus” que, no chamado período interbíblico (400 a.C. - 2 a.D.), lutam contra os inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo do seu povo e da terra.

 

II MACABEUS (100a.C)

 

Não se trata da continuação de I Macabeus. São, no entanto, narrativas paralelas, cheias de lendas e prodígios de Judas Macabeu.

 

Suas heresias:

  • A oração pelos mortos - 12.44-46

  • Culto e missa pelos mortos – 12.43

  • O próprio autor não se julga inspirado – 2.25-27; 15-38-40

  • Intercessão pelos santos – 7.28; 15.14

 

DIZERES AO LIVRO DE DANIEL

 

No capítulo 13, é contada a “ história de Suzana”. Segundo essa lenda, Daniel salva Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.

O capítulo 14 conta-nos a história de Bel e o Dragão. Contém, ainda a história sobre a necessidade da idolatria.

No capítulo 3.24-90 está “O Cântico dos três jovens na fornalha”.

 

DEUTEROCANONICOS

 

Designa os livros aceitos pelos católicos que não foram incluídos no Cânon escriturísticos da comunidade judaica. São sete livros mais alguns fragmentos que se encontram na tradução dos LXX. Os cristãos os aceitam em segunda instância, pois foram importantes para a primeira geração de teólogos cristãos.

 

PSEUDEPIGRAFOS

 

É usado pelos protestantes para indicar livros escritos por pessoas. Esses livros, no entanto, não estão nos cânones judaico, católico e protestante. Esse termo é inadequado para ser usado em matéria de canonicidade, pois atribui o livro a outro autor que não o escreveu, o que aconteceu com alguns livros canônicos.

 

Resumindo: pseudepígrafos são os livros religiosos e apocalípticos, escritos com a pretensão de serem sagrados, porém, nem discutidos foram, sendo rejeitados por todos (judeus, católicos e protestantes).

Alguns livros pseudígrafos:

 

  • Apocalipse de Sofonias, de Zacarias, de Esdras, Enoque, Os doze patriarcas, entre outros.

  • Existe um hipótese de que havia dois cânones hebraicos: um breve, palestinenses, fixado em Yamnia (cidade a oeste de Jerusalém, perto do Mediterrâneo, onde havia uma escola de rabinos) e outro mais amplo, de Alexandria. Não foram os judeus de Alexandria, mas a Igreja Cristã que, manejando a versão dos LXX, fixou o cânon exclusivo. Antes do Concílio de Trento, houve uma sucessão de decisões sinodais acerca da canonicidade da Bíblia.

  • Os concílios locais de Hipona (393), Cartaginense III (397) e de Cartago (419) aprovaram as listas dos livros do Antigo Testamento, que coincidiram com as de Trento. Foi durante o Concílio de Trento que o decreto de Canonicis Scripturis enumerou 45 livros canônicos do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Esse Concílio aceitou definitivamente os livros deuterocanonicos no final da Bíblia, em oposição aos protestantes, que optaram pelo cânon hebraico.

  • Na tradução feita por Lutero em 1534, ele agrupou os livros deuterocanonicos no final da Bíblia, chamando-os de apócrifos e afirmando que sua leitura era útil e boa. Assim também ocorreu com a Bíblia Zurich, traduzida por Zwínglio e outros (1527-29). A Igereja Reformada e a Bíblia de Wicllif (1382) excluíam das Escrituras os deuterocanonicos. A King James Version (1611) imprimiu-os entre os dois Testamentos. As igrejas orientais usavam apenas o cânon hebraico, mas, sob a influência da versão LXX, começaram a incluir os deuterocanonicos.

  • Entres os cristãos coptos, cristãos etíopes e alguns cristãos sírios, tende-se a admitir os apócrifos e os deuterocanonicos. Na Rússia, no século XIX, os teólogos ortodoxos excluíram os deuterocanonicos, que aparecem numa Bíblia russa publicada em 1956.

  • Com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto (1947), foram esclarecidos alguns dados. De todos os livros incluídos na Biblia hebraica oficial, somente Ester falta nos rolos e fragmentos de Qumrán. Isso se deve ao fato de não conter o nome de Deus e de acentuar a festa de Purim, uma vez que a comunidade de Qumrán, a dos essênios, observava rigorosamente o calendário hebraico. Os essênios também conservaram cópias dos livros deuterocanonicos, como a Carta de Jeremias (de Baruque), Tobias, Eclesiásticos, Jubileus, Enoque e diversos documentos da seita.

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  • Faculdade de Teologia Dr.Walter Martin

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  • Pastor Muller

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