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Começo do Mundo
Começo do Mundo

Começa a história dos povos - 4.000 A.C
Foi mais ou menos nesta época que o homem deu um salto histórico, deixou de viver na Pré-história e entrou para a História.
O que isto quer dizer?
Significa que houve um momento em que os fatos e acontecimentos vividos pelo homem, a sua história, foi documentada por sinais uniformes e organizados, representando sempre a mesma idéia.
Estes símbolos eram usados para registros do cotidiano, atos administrativos, movimentações econômicas e acontecimentos políticos da época.
Este processo de registrar fatos sempre com os mesmos caracteres gravados em placas de barro ou pedra chamou-se Escrita.
Com a escrita, o ser humano criou uma forma de registrar suas idéias e de se comunicar.
A partir do momento em que os fatos e acontecimentos passaram a ser registrados pela escrita, a vida do homem passou a ser documentada para a posteridade.
Começava a História.
Idade Antiga
A Idade Antiga conta a história das primeiras civilizações, orientais e ocidentais.
Elas se desenvolveram na África, Ásia e parte da Europa.
As civilizações que se desenvolveram na Ásia e na África constituem a Antiguidade Oriental, e as civilizações da Europa, a Antiguidade Ocidental ou Clássica.
As civilizações da Antiguidade Oriental aconteceram nas seguintes regiões:
As civilizações da Mesopotâmia desenvolveram-se onde hoje a Síria e Iraque. Onde se desenvolveu a civilização dos Hebreus estão hoje Israel, Palestina e Libano.
No norte da África desenvolveu-se a civilização egipcia onde fica hoje o Egito.
Na Ásia Menor desenvolveu-se a Anatólia, onde fica hoje a Turquia asiática.
Na Ásia Central desenvolveram-se as civilizações meda, persa e hindu, onde ficam hoje Irã, Turcomequistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, Quirquistão, Afeganistão, Paquistão, Índia, Bangladesh e Butã.
No Extremo Oriente desenvolveram-se as civilizações da China e do Japão, nos locais onde ficam hoje Coréia do Norte, Coréia do Sul, Mongólia, Japão e China.
Os povos da Antiguidade Ocidental ou Clássica viveram na Europa, onde estão hoje a Itália e a Grécia.
Antiguidade Oriental
A história dos povos começa no Oriente, mais precisamente no Oriente Médio, no norte da África, na Ásia Menor, na Ásia Central e no Extremo Oriente.
Povos que viveram na Mesopotâmia
A Mesopotâmia localiza-se no Oriente Médio. Foi ali que tudo começou.
Ao norte, nas montanhas geladas da Armênia nasce um rio que corre para o sul, indo desaguar no Golfo Pérsico .
É o rio Eufrates.
Um pouco mais a leste, também nas montanhas da Armênia, nasce outro rio, que também corre para o sul, indo encontrar-se com o primeiro, próximo do Golfo Pérsico.
É o rio Tigre.
A região entre estes dois rios (muito fértil graças á inundação destes rios) chama-se Mesopotâmia, palavra grega que quer dizer terra entre rios. 
Os povos que constituem as primeiras civilizações viveram na Mesopotâmia e foram os hititas, assírios, acádios, babilônicos, sumérios e caldeus.
Onde eles viveram, hoje vivem os iraquianos, os sírios e os turcos.
Sumérios
Foram os primeiros donos da Mesopotâmia.
Localizavam-se no sul da Mesopotâmia, daí seu nome, pois sumério vem de sumer que na língua deles queria dizer sul.
Eram baixos, atarracados e tinham a barba e o cabelo raspados.
Era um povo pacífico, amigo da ordem e do progresso.
Suas casas eram construídas de tijolos cozidos ao sol, formando grupos que se constituíam em cidades.
Cultura, Política e Religião dos sumérios
Este povo conseguiu documentar os seus acontecimentos usando placas de barro, onde escreviam com caracteres em forma de cunha constituindo sílabas.
Os artesãos imprimiam caracteres em forma de cunha, em blocos de argila mole, que depois ia para o forno para secar. Esta escrita é chamada de cuneiforme.
Estes artesãos chamavam-se escribas e os blocos de argila seca formavam as bibliotecas e os arquivos de documentos oficiais.
Era tão interessante esta forma de gravar os acontecimentos, que os povos vizinhos adotaram , digamos assim, escrita.
Foram eles que imaginaram um sistema de medidas baseado no corpo humano, que mais tarde foi adotado por todos os povos da época.
As medidas eram: o pé, que correspondia ao tamanho do pé de um adulto médio (33 cm) - o palmo igual a 22 cm, o cúbito, correspondente a 7 palmos = 154 cm, e a braça, igual a 4 cúbitos (616 cm).
A distância entre uma cidade e outra era medida por dia, e os terrenos para plantio eram medidos por jornada de trabalho (terreno arado por uma junta de bois).
Dividiam o ano em doze meses e o círculo em 360 º, usavam a roda como meio de transporte.
Construíam diques e canais para irrigação das plantações de árvores frutíferas e cereais e criação de peixes.
Essa fartura originou lendas como a do Paraíso Terrestre (Jardim do Éden, do livro de Gênesis). Outra lenda bíblica que tem origem nos sumérios é a do Dilúvio.
Os agricultores sumérios conseguiam, com a irrigação e o cultivo planejado, extrair uma quantidade de produtos superiores à suas necessidades.
A parte excedente de cada agricultor servia para sustentar as pessoas das outras classe, artesãos, escribas, sacerdotes, guerreiros e o próprio rei.
Os excedentes agrícolas e artesanais eram trocados com os habitantes das outras cidades por minérios, madeira e pedras de construção, escassos na sua região.
Começava uma nova era econômica, era a Revolução Comercial.
Organizaram-se em cidades-estados, com administração própria, quase sempre lutando entre si pelo domínio das terras mais férteis.
As suas principais cidades eram Ur, Eridu, Kish, Nippur e Laghar, sendo Ur a principal. No total eram em número de doze.
Adoravam os elementos da natureza, como deuses.
Cada cidade tinha seu deus principal, em cuja homenagem construíam um magnífico templo (zigurate), em forma de pirâmide com degrau que constituíam terraços superpostos, em cujo cimo ficava o templo propriamente dito.
O zigurate era cercado de muralhas, em cujo interior ficavam as casas dos sacerdotes, dos agricultores que forneciam alimento, dos artistas que enfeitavam o templo e dos escribas.
O rei era considerado o representante de Deus, e por isso sua morte era lamentada, o enterro pomposo e muitas vezes era enterrado com seus servos e mulheres.
Pode-se afirmar que constituíram a primeira civilização da história.
Acádios
Já fazia quase 1000 anos que os sumérios tinham se estabelecido na Mesopotâmia, quando a região foi invadida por um povo vindo do deserto sírio, por volta de 2550 a.C.
Primeiramente eles se fixaram no norte, que quer dizer Akkad, daí serem chamados acádios.
Passaram depois para o centro da região e viviam em guerra com os sumérios, tendo dominado quase toda a região, constituindo um império que ia do Mar Mediterrâneo (Mar Superior) ao Golfo Pérsico (Mar Inferior).
Os acádios eram de raça diferente dos sumérios, eram semitas, falavam outra língua e eram cultural e economicamente mais atrasados.
Com a conquista da terra a língua falada passou a ser o acádio, mas toda a cultura suméria (o que havia sido descoberto, construído, escrito e inventado pelos sumérios) passou a fazer parte do império acádio, portanto a cultura, política e religião dos acádios é a mesma dos sumérios.
No império dos acádios, cerca de 15 km (meio dia de viagem a pé) da cidade de Kish, na Suméria, havia uma cidade chamada Babel ou (Babilônia), cujos habitantes tinham assimilado toda a cultura dos sumérios e eram chamados babilônios.
Babilônios
Babel é o nome hebreu da Babilônia, onde, segundo a Bíblia tentaram erguer uma torre para escalar o céu. Este tema que simboliza o orgulho do homem encontra-se também na mitologia grega.
Foi Babilônia, cidade quase sumérica, que iniciou a revolta contra os acádios, vencendo-os por volta de 1950 a.C..
Os séculos de convivência entre seus habitantes fizeram com que a cultura sumérica e babilônica fossem muito semelhantes e muito mais adiantadas do que a cultura acádica.
Os babilônicos tiveram um grande rei, Hamurabi, que fez da Babilônia um grande império, sobre toda a Mesopotâmia., e que ficou conhecido como primeiro império babilônico.
Mais tarde o Imperio Babilônico foi invadido pelos hititas e pelos assírios, terminando assim este primeiro império
Os assírios se tornaram famosos por sua crueldade para com os povos vizinhos.
Enquanto os sumérios e os outros povos se dedicavam às suas lavouras, comércio e cultura, os assírios se preocupavam com a guerra, o que os tornou os dominadores de grande parte do Oriente Próximo.
Esta crueldade fez com que os povos dominados se revoltassem, os babilônicos venceram os assírios e restabeleceram o segundo império babilônico.
O mais importante rei deste segundo império foi Nabucodonosor, após cuja morte o império se desfez.
 Dois grandes reis em dois grandes impérios
A Babilônia teve dois grandes reis, um em cada império babilônico.
Hamurabi foi conhecido como o rei das Quatro Regiões, o que significava rei de toda a terra, pois naquela época a terra se resumia na Mesopotâmia, o resto do mundo era desconhecido.
Conseguindo derrotar seus inimigos, dedicou-se a organizar o império que havia conquistado.
Teve a lucidez de perceber que leis claras e compreensíveis consolidavam um império mais do que a força das armas.
Ordenou que fossem reunidas em um código as principais leis estabelecidas por seus antecessores e as que ele mesmo ditou.
O Código de Hamurabi, como ficou conhecido, continha 282 artigos gravados em pedra que tratavam de vários aspectos da vida em sociedade, desde a pena de Talião (olho por olho, dente por dente) até as questões de indenização.
A obra de Hamurabi serviu, também como documentário da civilização mesopotâmica.
Nabucodonosor foi o grande rei do segundo império.
A Babilônia ficava na margem direita do rio Eufrates, mas no reinado deste rei, a cidade já se estendia pela margem esquerda.
Para ligar as duas margens ele mandou construir uma ponte de madeira sustentada por cerca de cem grandes pilares de tijolos.
A fim de agradar sua esposa, que tinha vindo de uma região cheia de plantas, mandou construir um jardim suspenso, em terraços, que foi uma das Sete Maravilhas do mundo antigo.
 
Cultura, política e religião
Como os sumérios, tinham uma cultura avançada, tendo absorvido muitos de seus conhecimentos.
Seus sábios realizaram estudos sobre os movimentos dos astros, catalogando grande número de estrelas e constelações; dividiram a circunferência em 360º, organizaram um calendário baseado nas fases da lua, com o ano de doze meses, o dia de 24 horas, com 60 minutos e 60 segundos.
Determinaram o zodíaco estabelecendo os doze pontos que formavam os doze signos.
Foram os primeiros urbanistas do mundo, pois a Babilônia tinha vinte e cinco ruas principais que se cruzavam em ângulo reto, formando quarteirões.
A forma de governo era monárquico-teocrática na qual o rei absolutista representava a vontade de Deus.
Os babilônicos eram politeístas.
A Babilônia além de ter sido a cidade mais rica da Antiguidade era venerada como cidade santa, prerrogativa concedida quando Hamurabi proclamou que Marduck e Ishtar, o deus e a deusa protetores da cidade, eram superiores aos demais deuses da região.
As procissões se realizavam em uma avenida chamada Via Sacra.
No centro da cidade havia uma torre, a Torre de Babel, zigurate dedicado a Marduck (referida na Bíblia).
Hititas
Povo que viveu na Anatólia (atual Turquia), por volta de 1900 a.C. 
Sua história pode ser conhecida graças à decifração da escrita cuneiforme sumérica e dos hieróglifos egípcios, mas sobretudo pelas escavações arqueológicas da região.
Viviam às margens dos mares Negro, Egeu e Mediterrâneo, embora fizessem incursões pela região do Crescente Fértil, tendo invadido, por algum tempo, a Babilônia onde introduziram o cavalo.
Por esta época já conheciam o uso do ferro.
Os hititas eram guerreiros e chegaram a fazer várias conquistas militares. A principal arma dos hititas eram os carros de guerra com capacidade para três guerreiros.
Dominaram a região da Babilônia, o Egito e até a Síria, Chegando a constituir um considerável império, porém, por volta de 1200 a.C, os hititas desapareceram subitamente, talvez derrotados pelos ‘Povos do Mar”, denominação dada a alguns dos grupos que invadiram por mar a Anatólia Oriental, Síria, Palestina, Chipre, e Egito no fim da idade do bronze, no século XIII a.C.
Os Povos do Mar são tidos como os responsáveis pela destruição de potências antigas tais como o império hitita. Por causa da ruptura abrupta nos registos antigos do próximo oriente em consequência das invasões, a extensão e a origem precisa das convulsões permanecem incertas.
Cultura, política e religião
Pouco se sabe da cultura hitita, apenas que tiveram poucos monumentos e de mau gosto.
No aspecto cultural podemos destacar a escrita hitita, baseada em representações pictográficas (desenhos). Além desta escrita hieroglífica, os hititas também possuiam um tipo de escrita cuneiforme.
Os hititas desenvolveram uma economia baseada na agricultura, comércio, mineração (principalmente de ferro) e artesanato.
Eram governados por um rei, com organização feudal e agrária, porém descentralizada, dada a extensão e heterogeneidade dos territórios.
O deus supremo era o deus das Tempestades, do qual o representante direto era o rei, que após a morte juntava-se ao panteão dos antepassados, todos deuses.
Foram invadidos pelos egipcios e o tratado de paz entre eles é até hoje um referencial do direito internacional.
Assírios
Durante a hegemonia dos sumérios (por volta de 1900 a.C.), a Assíria era uma região pobre, isolada entre o rio Tigre e as montanhas do norte da Mesopotâmia.
A principal cidade era Assur, em homenagem ao principal deus assírio, e que deu nome ao povo.
Depois que a Babilônia foi invadida pelos hititas ficou fragilizada e facilmente dominável pelos seus antigos dominados, do que se aproveitaram os assírios.
No primeiro milênio a.C tornou-se um poderoso império, o mais extenso e organizado do Oriente Próximo. Teve um exército muito bem organizado, com armas de ferro mais leves e resistentes, soldados revestidos com cotas de malha de ferro, uma cavalaria aperfeiçoada e carros de guerra bem equipados, mas suas guerras tinham um caráter sanguinário, tendo sido considerados cruéis para com os prisioneiros, dominando as populações vencidas pelo terror.
 
Cultura, política e religião
A cultura era copiada das civilizações dos povos dominados por eles, sobretudo babilônios e egípcios.
Com a pilhagem puderam construir um magnífico aqueduto (a água potável era escassa na região).
Construiram grandes cidades com suntuosos palácios, principalmente Nínive, que se tornou a capital, cujas fronteiras foram protegidas por muralhas.
Formaram uma grande bibliotecas (a de Assurbanipal) que tem a mais antiga e importante coleção de textos sumerianos, acadianos, assírios e babilônios.
Iniciaram a utilização de lingotes de metal para a cobrança de tributos, instituindo a forma rudimentar da moeda.
O império assírio organizou-se como um estado forte e militarizado, governado por um rei absoluto, com status de Deus, com uma administração centralizada nos governadores das províncias.
Para facilitar a comunicação entre eles e o rei eram colocados mensageiros que recebiam e retransmitiam as mensagens. Estava criado o primeiro serviço postal da história.
O deus dos assírios eram Assur, representado pelo rei. Com sua idéia monoteísta de deus, ajudaram os hebreus a elaborar um conceito de um deus superior e severo, universal e não nacional.
Caldeus
Viveram no sul da Mesopotâmia, por volta de 2.000 a.C., próximos dos sumérios, daí suas civilizações serem parecidas.
Suas casas eram construídas de tijolos cozidos ao sol, formando grupos que se constituíam em cidades, semelhantes às dos sumérios, pois a região era pobre em pedra.
Fez parte do império da Babilônia, e houve uma época em que a dinastia Caldéia, com o imperador Nabopolassar, governou a Babilônia.
Este governo durou por volta de 80 anos, quando foram dominados pelos persas.
Cultura, Política e Religião
Foram excelentes matemáticos. Tinham as noções do quadrado, do cubo, das raízes quadrada e cúbica. Calculavam os empréstimos relativos à capitalização e os reembolsos.
Calculavam, por aproximação, a hipotenusa (lado oposto ao ângulo reto, no triângulo-retângulo)
Seu sistema de pesos e medidas foi modelo na Antiguidade.
Conheciam as constelações e as principais estrelas, e determinavam o nascimento e o ocaso de 55 deles, bem como conheciam a astrologia.
Em sua literatura destacam-se o poema da criação, a luta dos deuses Marduque e Tiamat, o Dilúvio Universal e a Epopéia de Gilgamés.
Os sacerdotes caldeus eram magos, que acreditavam na força da astrologia, previam o futuro, curavam por meio de infusões e amuletos e acreditavam em espíritos. Apesar disto suas idéias foram o embrião da primeira religião monoteísta, o judaísmo, pois foi em uma cidade da Caldéia, Ur, que nasceu Abrahão, o patriarca dos hebreus. Este povo, que habitou a Palestina, próximo da Mesopotâmia, no Crescente Fértil, tem especial importância para os cristãos, pois foi ele o embrião do povo judeu, onde nasceu Jesus. Encontram-se ali importantes acidentes geográficos histórico-religiosos, como o rio Jordão ondeCristo foi batizado, o mar da Galiléia onde vários milagres aconteceram, o Mar Morto e muitos outros.
Hebreus
Habitaram a Palestina, também chamada Canaã, para onde vieram do sul da Mesopotâmia, a Caldéia, por volta de 2.000 a.C.O termo hebreu quer dizer “gente do lado de lá” (do rio Eufrates). 
Não foram famosos por seu poder militar ou por grandes riquezas, mas por sua crença religiosa em um Deus único, por isso eram chamados povo de Israel ou povo de Deus.
Para os hebreus seu ancestral era Abraão, nascido por volta de 1900 A.C, na cidade de Ur na Caldéia, daí sua origem na Mesopotâmia.
Os capítulos 12 a 15, do livro de Genesis, da Bíblia,contam a história deste patriarca a quem Deus mandou que deixasse sua terra e fosse para uma outra onde formaria um povo.
Abraão obedeceu, e por volta de 1850 A.C deixou a Caldeia e partiu para a terra prometida por Deus, que era a Palestina.
Da Palestina, Abraão cruzou toda a Canaã até o deserto de Neguev, chegou ao Egito e mais tarde voltou para a Palestina, onde foi enterrado, com sua mulher Sara. Foi sucedido, como patriarca, por seu filho Isaac. Isaac teve dois filhos, Esau e Jacó.
O filho mais velho de Isaac, portanto seu sucessor, era Esaú, mas este trocou a primogenitura por um prato de lentilha.
O patriarca passou a ser Jacó, também chamado Israel, que deu o nome ao povo, que se dividia em 12 tribos governadas cada uma por cada um de seus filhos.
Um dos filhos de Jacó, José, foi vendido pelos irmãos e levado para o Egito, onde tornou-se um grande personagem, conselheiro do Faraó.
Por ocasião de uma grande fome na Palestina, José chamou seu povo para o Egito, onde viveu longo tempo.
Séculos depois, os hebreus foram perseguidos pelos egípcios. Moisés, um chefe israelita, conseguiu do faraó ordem para voltar à Palestina.
Durante 40 anos eles vagaram pelo deserto, conduzidos por Moisés, para quem, no alto do Monte Sinai, Deus ditou os Dez Mandamentos ou Decálogo.
Moisés morreu quando avistaram a Terra Prometida e foi sucedido por Josué, que atravessou o rio Jordão, e os levou à terra onde iria formar
Cultura, Política e Religião
Os hebreus não se sobressaíram culturalmente, a não ser pela literatura, contida no mais admirável dos livros, A Bíblia.
Eram liderados pelos patriarcas, mais lideres religiosos do que guerreiros, que deram lugar aos juízes, chefes militares que passaram a comandar os hebreus na luta pela terra. Os juízes mais importantes foram Otoniel, Gedeão, Sansão e Samuel, o último deles.
Como os ataques continuassem cada vez mais violentos, os hebreus pediram a Samuel que lhes desse um rei. Samuel sagrou a seu filho, Saul, o primeiro rei de Israel, seguido de Davi, guerreiro, artista e poeta. Davi escreveu os famosos Salmos de Davi. A forma de governo passou a ser monárquica.
Davi estabeleceu a capital em Jerusalém. Um dos principais reis foi Salomão, famoso por sua sabedoria.
A principal contribuição dos israelitas para a civilização foi sua religião monoteísta. Acreditavam em um único Deus, criador, eterno, onipotente e onipresente. Esta crença é o embrião do judaísmo, primeira religião monoteísta.
Para conservar a união entre as comunidades judaicas reuniu-se um corpo editorial para dar unidade à multidão de lendas que fariam a unidade político-religiosa do povo hebreu. Este corpo editorial é formado pelos primeiros 5 livros da Bíblia, chamado Tora, que em hebraico quer dizer Lei.
O Tora tornou-se sagrado para todos os povos monoteístas. É ele que mantém, até hoje, a unidade do povo hebraico.
Abaixo mapa mundi com a localização das civilizações da Mesopotâmia.
Ao mesmo tempo em que, na Ásia, se desenvolviam estas civilizações, na África desenvolvia-se a civilização egípcia, às margens do Rio Nilo, que como o Tigre e o Eufrates fertilizavam aquelas terras.
 Civilização da África na Idade Antiga
Egipcios
Foram os egipcios a civilização mais importante do Oriente, na Idade Antiga.
O Egito localiza-se na África, próximo da parte da Ásia chamada Oriente Próximo.
Formava, com os povos da Mesopotâmia, o Crescente Fertil por causa da fertilidade de suas terras em um local de terras arenosas e desérticas.
Por volta de 5000 a.C havia no nordeste da África, agrupamentos humanos que viviam da caça, pesca, agricultura e pecuária.
Eles viviam entre dois imensos desertos, num vale estreito e fértil através do qual corre o Rio Nilo, onde se estabeleceram, vindos dos desertos, por que as enchentes do rio fertilizavam suas terras.
Estes grupos familiares eram clãs que adotavam um animal como entidade protetora, o totem, e viviam em aglomerações urbanas, chamadas spats.
Aos poucos estes clãs aprenderam a lidar com as enchentes, que deixavam o humus que fertiliza va a terra.
Os clâs construiam obras hidraulicas que se comunicavam umas com as outras, e esta união de trabalho acabou promovendo a união dos clâs, que formando aldeias passaram a chamar-se nomos,governados pelos nomarcas.
Com o tempo estes nomos se agruparam formando dois reinos, do Alto e do Baixo Egito, governados cada uma, por um soberano.
Foi o soberano do Alto Egito, Menés, que promoveu a unificação dos dois reinos.

Começa ai a história do Egito, que é dividida em três fases: Antigo, Médio e Novo Império.
O Antigo Império conta as mais antigas tradições egípcias.
Seu fundador foi Menés, ou Narmer, e sua primeira capital foi Tinis, seguida por Menfis, quando os soberanos egipcios passaram a chamar-se faraós.
Os faraós eram considerados deuses, por isso tinham poder absoluto. Eram os poprietários de todas as terras e produtos agrícolas.
Os faraós eram auxiliados por funcionários com diferentes ocupações:
Os nomarcas, que governavam os nomos.
O vizir, que era seu principal auxiliar, uma expécie de primeiro ministro.
Os escribas, que cobravam os impostos e faziam os registros escritos.
Os sacerdotes, que administravam os templos e dirigiam os cultos.
Estes funcionários formavam a nobreza egipcia.
Os demais cidadãos eram os camponeses.
Havia também os escravos, que eram os povos aprisionados nas guerras.
Durante esta fase foram construídas as pirâmides, túmulos onde seriam enterrados os faraós e as pessoas importantes, das quais as principais foram as de Quéops, Quéfren e Miquerinos, no vale de Gizé.
A autoridade dos faraós, que tinham sua capital em Menfis, começa a fragilizar-se o que desperta o interesse dos senhores de Tebas de se apossarem do governo e transferir a capital para sua cidade.
Termina o Antigo Império e começa o Médio Império, marcado por um período de distúrbios que durou cerca de 150 anos.
Mais uma vez foi o Nilo que salvou a civilização egípcia, pois foram as cheias mais vigorosas, neste período, que trouxe prosperidade ao país, determinando a estabilizaçãodo govêrno.
A necessidade de aproveitar as cheias fez com que todos se unissem para melhorar o sistema de irrigação, tendo sido construído um reservatório no lago Méris, para receber as águas do Nilo na época das inundações.
Depois de cinco séculos, com a desunião do povo, o Egito foi fragilizado o que permitiu a invasão do país por um povo nômade, os hicsos, que com seus reis pastores dominaram a região por longos anos. Foi a primeira dinastia estrangeira a governar o Egipto, a dos hicsos semitas. Estes invasores tomaram grande parte do Baixo Egipto por volta de 1650 a.C. e fundaram uma nova capital, em Aváris.
Os egípcios, chefiados por Amósis conseguiram expulsá-los. Amósis fundou a XVIII dinastia, que transferiu a capital para tebas.
Começa o Novo Império.
Foi a época do apogeu do Egito.
O fundador da grandeza do império e grande conquistador foi Tutmés III.As presas de guerra, os tributos e as expedições trouxeram riquezas incalculáveis para o vale do Nilo.
Com estas riquezas foram erguidos monumentos gigantescos, cujas ruínas ainda hoje se vêem em Luxor e Karnac.
A decadência do Novo Império começou com a invasão dos nórdicos (Homens do Mar).Depois houve os domínios etíope e assírio.
O império foi restabelecido com a capital no Delta.
Houve dois faraós notáveis, mas finalmente foram dominados pelos persas, seguidos dos gregos e dor romanos.
Termina assim a civilização egípcia, que durou mais de 30 séculos.
A terra onde habitavam os egípcios, onde floresceu a mais importante civilização da antiguidade seria um deserto se não fosse o Nilo, o maior rio do mundo, que atravessa de sul a norte, entre colinas fertilizadas por suas enchentes.
A história do Egito só pode ser conhecida depois da descoberta, em Roseta, de uma pedra onde havia inscrições em três línguas, grega, egípcia popular e hieróglifos (escrita sagrada). Como o grego era uma língua então bem conhecida, a pedra serviu como chave para a decifração dos hieróglifos por Jean-François Champollion, em 1822, e por Thomas Young em 1823.
A pedra foi encontrada no Egito, em 1799, por soldados do exército de Napoleão Bonaparte, enquanto conduziam um grupo de trabalho de engenheiros para o Forte Julien, próximo a Roseta, cerca de 56 km ao leste de Alexandria. Com a derrota do exército frances, a pedra foi cedida às autoridades militares britânicas e depositada no Museu Britânico, onde se encontra até aos nossos dias.
Cultura, política e religião
A cultura egípcia foi muito rica.
A literatura foi rica em manuscritos épicos, e tratados de religião e moral.
As ciências eram cultivadas pelos sacerdotes, que observavam os astros e conheciam algo sobre medicina, física e matemática.
A arquitetura foi seu ponto alto.
Seus monumentos, templos, pirâmides, túmulos e estátuas tinham proporções gigantescas.
Os mais belos templos foram os de Luxor e Karnac e os monumentos mais notáveis foram as pirâmides e a esfinge.
A pintura tinha um colorido vivo.
Trabalhavam o ouro, a prata, o bronze, o marfim e o vidro, fazendo obras admiráveis, eram primorosos ourives.
O governo do Egito era absoluto; o faraó acumulava funções militares, sacerdotais, jurídicas e administrativas, era o filho dos deuses e tido como deus.
A sociedade era dividida em classes sociais: sacerdotes, escribas, militares e plebeus.
Havia uma classe inferior, os felás, que eram os camponeses.
A família era muito respeitada e a mulher era mais considerada que nas outras civilizações.
No período anterior á formação dos reinos, cada nomo tinha um totem e honravam animais sgrados como a cobra, o gato, o crocodilo, a íbis, o boi branco (Apis) e o falcão (horus), entre outros.
Após a unificação dos reinos passaram a adorar inúmeros deuses que tinham forma humana ou forma humana com cabeça de animal: Anúbis, guarda dos túmulos e do além (cabeça de chacal); Tot, deus da sabedoria e escriba do Além (cabeça de íbis); Sekmet, deusa das batalhas (cabeça de leoa); Hator, deusa do amor e da fecundidade (cabeça de vaca).
Com o passar do tempo o universo mitológico tornou-se muito confuso e muitas divindades fundiram-se numa só.
O deus-sol teve vários nomes: Amon, Ra e Aton.
Acreditavam na ressurreição do corpo, o que levou à mumificação dos corpos para que o espírito voltasse ao corpo se este estivesse conservado. Estes corpos mumificados eram depositados nos sarcófagos e sepultados em túmulos de pedra, as pirâmides.
As pirâmides eram monumentos feitos de pedra com divisões onde eram depositados os corpos e todos os utensílios do morto.
Próximo das pirâmides foi construída, em pedra,uma figura humana com corpo de animal a que deram o nome de esfinge.
A civilização egipcia foi a mais importante da Idade Antiga.
Abaixo mapa mundi com a localização das civilizações da Mesopotâmia, e do Egito.
Ao mesmo tempo em que, na Ásia, e na África desenvolviam estas civilizações, outras civilizações se desenvolviam às margens do Mar Mediterrâneo
 Civilizações do Mediterrâneo
As civilizações que se desenvolveram na região do Mediterrâneo foram os cretenses e aqueus, que se localizavam nas ilhas de Creta e Micenas, onde é hoje a Grécia; os cartagineses que habitavam a ilha de Cartago, na atual Tunísia e os fenícios que viviam na Fenícia, onde é hoje o Libano.
Todos estes povos se dedicavam ao comércio marítimo.
 Aqueus
Os aqueus, um povo heleno, chegaram à Grécia por volta de 2000 a.C., estabelecendo-se na Argólida, onde fundaram Micenas.
Eles se civilizaram em contato com os cretenses, e assim nasceu a civilização micênica.
Aprenderam com os cretenses, a arte de navegar, e se tornaram seus continuadores na expansão marítima. Além de Micenas havia as cidades de Tirinto e Argos.
Mais tarde foram invadidos pelos dórios, um povo bárbaro, que havia aprendido a forjar o ferro, por isso suas armas eram muito mais resistentes que as armas dos aqueus.
Nas epopéias Ilíada e Odisséia, de Homero, os aqueus são conhecidos como opositores dos troianos na guerra. Neste contexto, aqueus ou gregos têm o mesmo sentido, se bem que também os troianos fossem de civilização helênica.
Cultura, política e religião
As cidades de Micenas e Tirinto tornaram-se os focos irradiadores da nova cultura.
Os aqueus eram governados por uma monarquia absoluta. Devemos supor que a maioria da população vivia sob a dependência dos guerreiros, pois as fortalezas de Micenas e Tirinto abrigavam uma população reduzida e privilegiada.
Os aqueus construíam estradas e portos para facilitar o comércio. Usavam bronze, jóias, pedras gravadas e cerâmica.
As cidades aquéias eram fortificadas, e os temas de guerra estavam presentes na decoração dos palácios.
As gigantescas construções eram chamadas de ciclópeas, pois lendas diziam que elas tinham sido construídas por ciclopes, super-homens que tinham um só olho, no meio da testa.
Os aqueus seguiam as mesmas tradições religiosas dos cretenses. Cultuavam os fenômenos da natureza, esfinges, crifos, gênios alados e homens e mulheres com cabeça de animal.
A divindade dominate era a Grande Mãe, deusa da terra e da fecundidade, pois a religião era mais matriarcal do que patriarcal.
Cretenses
Existe no mar Egeu uma ilha chamada Creta, onde uma adiantada civilização se desenvolveu, chamada civilização Minóica. 
O nome desta civilização se deve ao mitológico rei Minos (filho de Júpiter e Europa), da cidade de Cnossos, capital da ilha.
Foi nesta ilha que se desenvoveu a lenda do Minotauro.
A posição da ilha, entre três continentes, Europa, Ásia e África, fez com que ali florescesse uma bela civilização, influenciada pelos costumes destas três vertentes.
Os cretenses eram agricultores, criadores de bois e ovelhas, pescadores, mas sobretudo navegantes.
Construíam seus barcos com madeira dos bosques e aprenderam a navegar orientando-se pelo Sol e pelas estrelas.
 Chegaram, assim até a Grécia, sul da Itália e costas do Líbano.
Com a febre dos metais iniciou-se o apogeu de Creta, pois embora não tivessem minérios tinham barcos para transportá-los.
Levavam para os portos estrangeiros, óleo, vinho, trigo e artesanato e traziam de lá barras de estanho, cobre e bronze para serem trabalhados em suas oficinas de artesanato e ourivesaria.
Foram, durante séculos, os reis do Mediterrâneo.
Por volta de 1450 a.C. os aqueus, vindos de Micenas, invadiram e dominaram a ilha, até que uma catástrofe, uma rebelião ou um terremoto, destruíram Cnossos e as outras cidades.
Cultura, política e religião 
Pouco se sabe da cultura cretense ou minóica porque sua escrita foi decifrada apenas em parte. 
Não se trata de um só tipo de escrita, mas pelo menos de quatro tipos diversos: a escrita do Disco de Festo (cidade onde foi encontrada), a hieroglifa, a escrita linear A e a escrita linear B.
Sabe-se que eram excelentes ourives e artesãos, pelos objetos encontrados.
A capital da ilha era Cnossos, sede de uma monarquia centralizada com grande desenvolvimento da organização do estado.
Seus governantes tinham como insígnia o machado de duas lâminas - labris - que ao lado da flor de liz, foi o símbolo mais comum da monarquia.
Minos, o nome do rei mitológico, pode ser sido um título, como faraó para os egípcios.
A religião cretense não tinha, como as da Mesopotâmia e do Egito, grandes construções religiosas.
Segundo a mitologia, havia no palácio de Cnossos um labirinto onde se escondia o Minotauro, ser metade homem e metade touro, a quem se sacrificavam anualmente sete moças e sete rapazes. Muitos heróis tentaram matar o monstro, mas perdiam-se no labirinto.
Teseu, um herói da Ática (região da Grécia) conseguiu penetrar no labirinto, matar a fera e sair do labirinto. Isto foi possível graças a Ariadne, filha do rei Minos, que apaixonou-se por ele e deu-lhe um fio,que ele arrastaria por onde caminhasse. Após matar o Minotauro, seguindo o fio, conseguiu encontrar a saída.
 
Cultuavam os fenômenos da natureza, esfinges, crifos, gênios alados e homens e mulheres com cabeça de animal.Parece que o touro era a encarnação de uma energia vital, mas a grande insistência em representações femininas com quadris e seios abundantes, e a presença constante da árvore mãe, indicam que a divindade predominante era a Grande Mãe, deusa da terra e da fecundidade.
 
Fenícios
Os fenícios não foram aguerridos guerreiros que dominaram militarmente, mas dominaram a navegação e o comércio.
Tornaram-se marinheiros porque viviam em uma estreita faixa de terra entre o mar e a montanha, sem possibilidade de exercer a agricultura.
Viviam onde é hoje o Líbano e suas cidades eram Sidon, Biblos e Tiro, portos de mar por onde faziam o comércio e a navegação.Construíam suas embarcações com o cedro-do-Líbano e punham-se ao mar transortando tâmaras, púrpura, madeira e objetos de vidro, dos quais eram exímios fabricantes.
Iam de porto em porto transportando estas mercadorias e também comprando e vendendo os produtos locais.
O aumento das transações comerciais criou a necessidade de estabelecer um sistema de pesos e medidas constantes, para facilitar a troca de materiais e evitar fraudes. Cada país tinha seus modelos e padrões, que levavam o selo real.Mas a maior inovação foi a criação da moeda.
A princípio as mercadorias eram trocadas entre si, depois criou-se o uso de lingotes ou barras de metal para valer como pagamento nas transações, mas havia uma dificuldade, pois era preciso pesar o metal a cada transação para saber seu valor, o que levou os fenícios a criar objetos com peso pré-determinado, que valessem para qualquer transação.
Então no século VII a.C. surgiu finalmente a moeda, discos de metal, iguais em peso e medida, gravados com seu valor e a imagem do rei de cada país, para garantir seu valor.
Cultura, religião e política
Preocupados em enriquecer os fenícios não se interessavam pelas artes.
Seus objetos de arte eram cópias dos produtos artísticos de outros povos.
Produziam belos tecidos, utensílios de cobre, bronze, cerâmicas e vidro.
Descobriram o meio de fazer o vidro transparente.
Nos primeiros tempos adoravam rochedos, árvores e certas pedras negras, de forma oval.
Passaram depois a adorar os astros e as forças da natureza.
Cada cidade tinha um deus, chamado Baal.
Em Tiro adoravam Melcarte, em Biblos, Adonis.
O culto era feito em templos, onde faziam práticas grosseiras e cruéis, sacrificando crianças que lançavam aos braços incandescentes de Baal.
A organização política era de cidades-estados, das quais as principais foram Sidon, dominada pelos filisteus e Tiro, arrasada em 332 a.C. por Alexandre da Macedônia.
Em suas andanças pelo mar fundaram várias colônias, tendo sido a principal Cartago, no norte da África, destruída pelos romanos.
Cartagineses
Os fenícios fundaram, na África, a colônia de Cartago, por volta do século IX A.C.
Diz a tradição que foi fundada por Dido, filha de um rei de Tiro.
Enquanto as outras cidades fenícias localizadas na costa do atual Líbano, entravam em decadência,Cartago crescia em poder, baseando sua prosperidade no comécio.
No século VI A.C. quase toda a costa africana, da Cirenaica a Gibraltar e a península ibérica, rica em metais nobres, estava em poder dos cartagineses.
Dominavam também as ilhas Baleares, Sardenha, Córsega, Sicília e Malta.
Cartago impunha a seus conquistados pesados tributos em troca de proteção militar e econômica.
Cartago teve uma relação comercial com Roma, iniciada em 510 A.C. e rompida em 348 a.C.
Com o seu crescimento, Roma começou a ambicionar a Sicília, o que deu lugar a três grandes guerras entre os dois estados, chamadas Guerras Púnicas.
Após a vitória de Roma, na segunda guerra, Catão, um senador romano, visibilizava a possibilidade de um novo ataque, por isso, no senado, conclamava os romanos a destruírem Cartago. Começava seus discursos dizendo “Delenda Cartago” (Cartago deve ser destruída), o que veio a acontecer, sendo Cartago destruída pelo fogo.
Cultura, religião e política
Como a cultura dos cartagineses era relacionada com a cultura dos fenícios, seus objetos de arte eram cópias dos produtos artísticos de outros povos. 
Produziam belos tecidos, utensílios de cobre, bronze, cerâmicas e vidro, descobrindo o meio de fazer o vidro transparente.
Nos primeiros tempos adoravam rochedos, árvores e certas pedras negras, de forma oval.
Passaram depois a adorar os astros e as forças da natureza.
O povo de Cartago conservou as crenças religiosas dos fenícios. Tanit era a Senhora de Cartago, Baal Hamon, Eschmun, Melqart e Astarte eram alguns dos deuses principais.
Os cartagineses davam mais importância à monogamia e eram mais severos com os assuntos religiosos do que os fenícios orientais.
Cartago era governada pelo Grande Conselho de Cartago, dirigido pelo Conselho dos Cem ou Conselho dos 104 que consistia em um comitê seleto que dirigia todos os processos do Grande Conselho de Cartago.
Abaixo mapa mundi com a localização das civilizações da Mesopotâmia, do Egito e das civilizações do Mediterrâneo.
Ao mesmo tempo em que, na Ásia, e na África e na região do Mediterrâneo se desenvolviam estas civilizações, outra civilização se desenvolvia na Ásia Menor.
Anatólia
Já vimos as civilizações do Crescente Fértil (Mesopotâmia e Egito)e da região do Mediterrâneo..
Entramos, agora, na visão histórica da Ásia Menor.
Ásia Menor é o nome que os antigos davam à parte ocidental da Ásia ao sul do mar Negro e que algumas pessoas chamam de Anatólia. Ela é separada da Grécia pelo mar Egeu, a oeste, e a leste estende-se além do rio Eufrates. Foi um dos primeiros lugares a ser civilizado.
Pode ter sido lá que os povos antigos aprenderam o uso do ferro.
A civilização que ali se desenvolveu foi a da Anatólia (ou península anatoliana), uma região do sudoeste da Ásia que corresponde hoje à porção asiática da atual Turquia. O nome deriva do grego Anatolē, que significa “brilho do sol” ou “leste”. A forma turca Anadolu deriva da versão grega original e é freqüentemente associada com ana (“mãe”) por etimologia popular.
Há cerca de dez mil anos, uma população humana de origem desconhecida se assentou em um sítio permanente, próximo da atual Çatal Hüyük. Este vilarejo de casas retangulares e empilhadas umas sobre as outras (aparentemente não havia ruas definidas, supõe-se que as pessoas se locomoviam por escadas sobre as próprias casas) disputa com outros poucos sítios, como Jericó, o título de cidade mais antiga do mundo.
Apesar destes assentamentos serem muito antigos, anteriores às civilizações da Mesopotâmia, eles só formaram uma civilização com a chegada dos hititas, que como já vimos, era um povo que viveu na Mesopotâmia e expandiu seu império até à Ásia Menor, quando fundaram sua capital em Hattusa.
A Anatólia foi o berço de muitas civilizações no decorrer da história. Embora não tão avançados como as civilizações do Egito ou Mesopotâmia, os hatti, que falavam uma língua caracterizada por prefixos, eram todavia uma das mais avançadas sociedades de seu tempo
Com a decadência do império hitita, foram dominados pelos frígios, povo vindo das costas balcânicas e mais tarde pelos assírios e lídios.
Sem bases políticas seguras, e sobretudo por causa das invasões dos Celtas Gálatas, a Anatóliasucumbiu à anarquia, e a região foi desmembrada em vários reinos helenísticos.
Supõe-se que seja na Anatólia que tenha acontecido o fato bíblico da Arca de Noé, porque sobre o Monte Ararat foram encontrados, por arqueólogos, vestígios da arca.
Abaixo mapa mundi com a localização das civilizações da Mesopotâmia, do Egito, das civilizações do Mediterrâneo e da Anatólia.
Ao mesmo tempo em que, na Ásia, e na África, na região do Mediterrâneo e na Ásia Menor se desenvolviam estas civilizações, outras civilizações se desenvolviam na Ásia Central.
Povos que viveram na Ásia Central
Medos
Persas
Hindus
Medos
Os principais povos antigos que habitaram na Ásia Central foram os medos e os persas, no local onde é hoje o Irã, os medas ao norte e os persas ao sul.
O reino da Média ocupava a porção norte do Planalto Iraniano e foi criado através da unificação de tribos iranianas, por volta do ano 700 a.C.
Depois de sofrer várias invasões por parte de tribos vizinhas, que fizeram com que o povo deste reino passasse de mãos em mãos, o Reino da Média fez uma aliança com o Império Babilônico.
No ano de 612 A.C., os aliados invadiram e dominaram Nínive, a capital da Assíria, aumentando ainda mais o seu poder sobre todos aqueles que se atreviam a duvidar da força dos medos, como eram chamados os habitantes do reino.
Criaram um sistema de irrigação subterrâneo (qanat), que permitiu o cultivo de plantas de todas as partes do império: uva de Damasco, pistache de Alepo, nozes da Turquia, sésamo do Egito, maçã da Pérsia (pessego), o arroz da Mesopotâmia, e outras.
Porém, o império dos medos não desfrutaria de uma eterna duração. Logo seria dominado pelos persas, de quem absorveram a cultura, religião e cultura.
No ano de 549 a.C., Ciro o Grande, que havia sido proclamado o rei da tribo dos persas do sul, conquistou o trono de Astyages, o último rei dos medos, anexando o reino na Média ao Império Persa do Sul.
Persas
O príncipe Ciro tornou-se rei da Pérsia do Sul por volta do ano 559 a.C., conquistando a simpatia dos persas do sul e dos medos, unindo as duas grandes tribos em uma só, que viriam a fazer parte de um dos maiores impérios daqueles tempos. Rapidamente, Ciro, o Grande, passou a conquistar os povos vizinhos. A primeira foi a Lídia, cuja área territorial ocupava cerca da metade da porção ocidental da Ásia Menor, fazendo fronteira com o reino da Média. 
A segunda foi a Babilônia, e em quase vinte anos de reinado, Ciro construiu um império forte e dominador, cujas riquezas e poder eram incontáveis.
O Grande morreria no ano de 530 a.C., devido aos ferimentos adquiridos em uma de suas batalhas, deixando seu reinado para o filho, Cambises II.
Ciro foi um rei magnânimo com seus conquistados, coisa rara na época. Foi chamado o Ungido do Senhor pelos judeus, porque lhes revogou o exílio.
Dario, genro de Ciro, consolidou o grande Império Persa, que foi definido como o primeiro império mundial da História. Estabeleceram a primeira rede de estradas do mundo.
Eram pavimentadas de seixos, tinham pontes e viadutos sobre os rios e tinham postos de correio.
A mais famosa estrada real era a que unia Sardes, na Ásia Menor, a Susa, capital do império, e tinha 2 683 Km.
Era percorrida pelas caravanas em 90 dias, e os mensageiros do rei (correio) que tinham cavalos descansados nos postos de correio, faziam o percurso em uma semana.
A rede de estradas, a moeda única, cunhada em ouro e prata, chamada darico, e um único sistema de pesos e medidas favoreceram o intercâmbio comercial neste imenso império.
A queda do império começou com revoltas das cidades/estados da Grécia.
Com a revolta da Eritréia de Atenas começaram as chamadas guerras médicas ou pérsicas, entre a Grécia e a Pérsia.
Na luta contra Atenas aconteceu o fato que deu início à maior corrida dos jogos olímpicos, a corrida de Maratona.
O exécito persa, com 6.000 homens, bateu-se contra o exército ateniense, composto de 200 homens, sob as ordens de Milciades, na planície de Maratona a 42 Km de Atenas.
A planície de Maratona era uma faixa estreita de terra, o que dificultava as manobras da cavalaria persa. Com a chegada de reforços atenienses estes venceram a batalha.
Filipedes, guerreiro e herói grego, correu de Maratona a Atenas para dar a notícia. Ao chegar caiu morto.
O império foi definitivamente conquistado por Alexandre, o Grande, rei da Macedônia.
Cultura, religião e política
A civilização persa sofreu a influência dos povos conquistados.
A arquitetura se caracteriza por proporções gigantescas, profusão de aposentos e luxo na decoração.
Na decoração destacavam-se os baixos-relevos e tijolos esmaltados, copiados dos assírios.
Foram admiráveis jardineiros, estimulados pela beleza das flores do Irã.
Divinizavam a luz do Dia (sol) e a luz da Noite (lua), a Água, a Terra e o Vento.
Zoroastro, reformador religioso, ensinou o madeismo, religião dualista que cultuava o deus do Bem, Ormuzde e o deus do mal, Arimã, que viviam em constante luta. Ormuzde e Arimã tinham um séqüito de deuses menores, que os auxiliava na luta do bem contra o mal, devendo ser vencedor Ormuzde. Ormuz venceria Arimã somente no dia do juízo final onde todos seriam julgados por seus atos.
Não tinham templos. O culto era a adoração do fogo, que ardia em piras.
Amavam o trabalho, cultivavam a terra, tinham horror à mentira e destruiam as plantas e animais daninhos (pobre natureza).
Acreditavam na imortalidade da alma, no juízo final e numa recompensa na vida futura.
Pregavam o livre-arbitrio, a escolha pessoal de seus atos.
O império era tão grande que foi dividido em províncias, chamadas satrapias, governadas por um representante do rei, o sátrapa, auxiliado por dois funcionários, um secretário e um comandante militar.
Havia também inspetores que percorriam o império e examinavam o trabalho dos sátrapas. Eram chamados os ouvidos do rei.
Uma guerra com os romanos levou à destruição do Império.
O Império viu-se obrigado a abandonar todos os territórios conquistados e recuar, seguindo-se o caos interno e a guerra civil.
Terminava o Império Persa.
Índia
Entre o mar da Arábia e o golfo de Bengala, ao sul do Himalaia fica a península da Índia, no sudoeste da Ásia. No norte, onde ficam as bacias do Indo e do Ganges, ficam o Indostão, o Rajastã e o Decâ.
Registros arqueológicos mostram que a região foi habitada há cerca de 34.000 anos, com a presença do “homo sapiens”.
Na Idade do Bronze, na mesma época em que se desenvolveram as civilizações do oriente Médio, teve início a civilização hinduista, assim chamada por estar na bacia dos rios Indo e Ganges. Esta civilização aconteceu onde hoje estão as atuais Índia, Paquistão, Bangladesh, Sri Lanka, Nepal e Butão.Ela teve início no século XXXII a.C., e seus habitantes eram os dravidinianos, de origem camitica.
Por volta de 1.500 a.C. um povo semi-nômade, os arianos, vindo da Ásia Central ou do norte do Irã teria migrado para o sudoeste da península, onde se fixaram e destruiram a civilização dravidiana, cujo povo fugiu para o sul da península.
A invasão dos arianos, marca o início do período védico, que foi a base do hinduísmo e da cultura da primitiva sociedade indiana, e que durou até o século VI a. C.
Durante o início deste período as pessoas sviviam em unidades tribais chamadas Jana, que mais tarde se uniram formando as Janapadas. Por volta de 550 a. C., estas janapadas se uniram formando grandes reinos que receberam o nome de Mahajanapadas.
A Índia foi, sucessivamente, invadida pelos persas, gregos, hunos, muçulmanos e mongóis.
A sociedade era dividida em um sistema de castas, cujos resquícios permanecem até hoje.
Havia quatro castas: dos sacerdotes ou brâmanes, dos guerreiros ou xátrias, dos comerciantes, agricultores e artistas ou vaicias e dos sudras, os não arianos.
Castas e divisões na Índia
Casta é um grupo social hereditário, no qual a condição do indivíduo passa de pai para filho., por exemplo o filho de um bramane será bramane, e não poderá se casar fora de sua casta. 
De acordo com o bramanismo, que é a religião onde as pessoas são divididas em casta, a origem da casta é a seguinte: os bramanes (sacerdotes e letrados), que nasceram da cabeça de Brahma); os xátrias (guerreiros), que nasceram dos braços de Brahma); os vaisias (comerciantes), que nasceram das pernas de Brahma) ; os sudras (servos: camponeses, artesãos e operários), que nasceram dos pés de Brahma.
Abaixo das castas havia os párias ou cordeiros (hoje chamados de dolit), que vieram da poeira debaixo dos pés de Bhrama.
Cultura, religião e política
O artesanato era muito difundido, dando especial ênfase às miniaturas.
Produziam vasilhames de cerâmica pintada e decorada com motivos geométricos e fabricavam armas e instrumentos de cobre, mas desconheciam o ferro.
A sua cultura era notável. Conheciam as ciências exatas, a Astronomia, a Filosofia e a Lingüística.
Inventaram os algarismos, que depois os árabes divulgaram, a Álgebra e o xadrez.
A arquitetura sofreu a influência grega e mais tarde a influência budista, na edificação dos pagodes, que eram santuários-torres.
Os mongóis também tiveram influência na arquitetura, da qual há um belo exemplo, o Taj-Maal, um túmulo construído para a esposa de um marajá.
A língua oficial era o sânscrito, seguida de outra menos importante, o zend.A fonte principal de doutrina da tradição hindu vem de um conjunto de hinos transmitido há mais de dois mil anos, chamados de Vedas, que significa “conhecimento” ou ainda “corpo de conhecimento”.
Duas eram as religiões predominantes, o hinduismo ou bramanismo e o budismo.
O bramanismo é uma religião à qual se liga uma organização social que repousa numa divisão em castas hereditárias. Os inúmeros deuses do bramanismo são dominados por três principais: Brama, aquele que cria; Vishnu, aquele que conserva e Shiva, aquele que destrói. Eles acreditam na reencarnação, e que os animais têm alma, reencarnada dos humanos. O bramanismo formou-se do vedismo e ampara-se em textos posteriores ao Veda, os Brahmana e os Upanishads
No sexto século a C, o príncipe hindu, Sidarta Gautama, chamado Buda, fundou uma religião, o budismo cujos dogmas são em grande parte tomados ao bramanismo, de que provêm; mas o homem pode escapar ao ciclo das reencarnações e alcançar o nirvana pelo saber e pelo bem feito a outrem.
A Índia era governada por um rei, assessorado pelos brâmanes (sacerdotes) e pelos xátrias (guerreiros) dos quais provinham os reis e príncipes.
 Abaixo mapa mundi com a localização das civilizações da Mesopotâmia, do Egito, do Mediterrâneo, da Anatólia e da Ásia Central.
Ao mesmo tempo em que, na Ásia, e na África, na região do Mediterrâneo, na Ásia Menor e na Ásia Central se desenvolviam estas civilizações, outras civilizações se desenvolviam no Extremo Oriente.
 Povos que habitaram o Extremo Oriente
China
País da Ásia Oriental, que constituiu uma das mais antigas civilizações e era chamado de Império do Meio ou Celeste Império.
Seu povo é de raça amarela.
Na pré-história, a China foi habitada, provavelmente há mais de um milhão de anos, pelo Homo erectus, cujo espécime mais famoso é o Homem de Pequim, descoberto em 1923.
Em cerca de 1000 a.C., a China era um conjunto de reinos de pequenas dimensões, que duraram até 221 a.C., quando todos estes reinos foram anexados ao estado Qin, dando início à Dinastia Qin.
Começa o período a que se dá o nome de China imperial, que durou até o século XX, terminando com a dinastia Qing.
 Na dinastia Qin os chineses eram alvos de ataques dos vizinhos, como os tártaros e os mongóis, por isso construíram, no século III a.C., uma muralha com 7 m de altura por 3,5 m de largura, numa extensão de 3000 km. Ela é hoje considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
Foram os primeiros criadores do bicho-da-seda.
Sua história antiga é cercada de lendas e dragões.
Uma delas, de cunho religioso, é a lenda da criação do mundo:
P’na-ku, o primeiro homem, depois de trabalhar dezoito mil anos e deixar o mundo em ordem (lá pelo ano 2 229 000) foi descansar.
Enquanto trabalhava, seu sopro se tornou o vento e as nuvens, sua voz o trovão, suas veias os rios, sua carne a terra, sua cabeça as plantas, seus ossos os metais, seu suor a chuva e os piolhos da sua cabeça a raça humana.
Cultura, religião e política
Os chineses costumam dizer que inventaram e descobriram tudo primeiro que os outros. Parece verdade.
1 200 anos a.C. eles conseguiram debelar a varíola usando uma vacina.
Duas forças da natureza foram aproveitadas por eles antes dos outros: a água corrente para tocar as pás das rodas das moendas e o vento para fazer girar as hélices dos moinhos.
Inventaram a pólvora, a bússola, a fabricação e a impressão do papel, o macarrão.
Fabricavam a seda, porcelanas e móveis laqueados e com incrustações de nácar.
A cultura dos Bonsai nasceu na China e mais tarde foi adaptada por outros países.
A escrita chinesa é baseada em símbolos gráficos que representam uma idéia (ideogramas) e o conjunto completo é formado por cerca de 15.000 ideogramas.
Adoravam o céu com todas as suas manifestações de energia, as forças naturais, as árvores, as montanhas, os dragões e serpentes.
Cultuavam os antepassados e os Grandes Homens.As duas grandes crenças religiosas da China foram inspiradas por Confúcio e Lao-tsé .
Confúcio ensinou uma doutrina baseada no culto aos antepassados, inculcou as virtudes da vida doméstica, a hierarquia, a justiça, a humanidade e exaltou a amizade e o perdão.
Fez a revisão dos Kings, livro sagrado e enciclopédia literária.
Não considerava a questão de Deus mas acreditava na harmonia entre os homens.
Os ensinamentos de Lao Tsé expressos no Tao Te King representam para o povo chinês aquilo que os ensinamentos de Jesus representam para o mundo ocidental. Por certo o Tao Te Ching e a Bíblia são as duas obras editadas em maior número de volumes e de línguas.
O budismo também foi muito disseminado na China. Constiti uma família de crenças e práticas considerada por muitos uma religião, baseada nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, comumente conhecido como “O Buda” (o Iluminado), que nasceu onde hoje é o Nepal.
Em tempos idos a China foi um império dirigido por soberanos que se apresentavam como “Filhos do Céu”, um sistema de governo feudal.
 Japão
O Japão é um país insular do Extremo Oriente, formado por um arquipélago situado ao largo da costa nordeste da Ásia, porém há mais de 100 mil anos o arquipélago japonês esteve unido ao continente, quer dizer, fazia parte da placa asiática.
A existência de animais para caça nesta região teria provocado a migração dos povos do norte para o Japão. Nesta época, supõe-se que a faixa de terra, que viria a se tornar o Japão, era habitada.
Para confirmar esta hipótese, foram encontrados esqueletos fossilizados de homens e animais, inclusive de elefantes pré­históricos.
No início os habitantes do Japão viviam da caça e da pesca, utilizando-se de instrumentos de pedra, conseguidos através do lascamento, era o período da pedra Lascada ou Paleolítico. Pouco se sabe a respeito deste período.
Os japoneses costumam contar a sua história, quase sempre, a partir do período posterior ao Paleolítico, denominado Era Jomon, que se iniciou aproximadamente no ano 8 mil a.C.
O que marca a Era Jomon, ou era Neolítica, é a existência de uma cultura mais complexa.
Seus habitantes continuam vivendo da caça e da pesca mas com o uso de instrumentos de pedra, desta vez polida. Nesta época os homens inventaram armas como o arco, a flecha e a lança, úteis para a caça, criando técnicas mais apuradas .
De todos os aperfeiçoamentos, talvez o maior tenha sido a cerâmica, conhecida como cerâmica Jomon. Potes de barro, magnificamente torneados e depois desenhados em relevo com uso de cordas, serviam para o cozimento de alimentos e para o seu armazenamento. O nome Jomon vem daí: quer dizer, marcas de corda.
Depois do período Jomon vem o período Yayoi .
O que irá separar o período Jomon do Yayoi é o início da cultura do arroz, período este que se inicia um ou dois séculos antes de Cristo.
A cultura do arroz vem acompanhada de uma migração vinda do continente, jamais vista até então. Técnicas mais avançadas são introduzidas. O metal passa a ser utilizado junto com a pedra polida. Utilizam-se espadas feitas de bronze e espelhos de metal nos rituais religiosos. Instrumentos agrícolas são incrementados a partir do metal e da madeira.
O Japão foi unificado pela primeira vez no século IV pelo Povo Yamato. Começava o Império do Japão, cuja família imperial japonesa mantém-se de forma contínua no trono desde o princípio do período monárquico, no século VI a.C.. A monarquia japonesa é a mais antiga monarquia que chegou até nosso dias.
Cultura, religião e política
A cultura japonesa tem características orientais e foi profundamente influenciada pelas relações com a China e a Coréia, onde a civilização era bem mais antiga.  
Também da China herdaram o sistema ideográfico de escrita (figuras que representam idéias) e a cultura Bonzai.
Fabricavam a seda, porcelanas e móveis laqueados e com incrustações de nácar.
As principais religiões no Japão são o Xintoísmo e o Budismo. O Xintoísmo é a religião politeísta nativa do Japão. Passou por um processo sincrético com as religiões vindas do exterior: o Taoísmo, o Confucionismo e o Budismo. Este foi introduzido no país no século VI e logo se espalhou entre as classes guerreiras
Segundo o ponto de vista religioso, os imperadores traçam sua ancestralidade até o reinado dos deuses sobre a terra, dos quais seriam descendentes e o Imperador Jinmu é o primeiro mortal da linhagem imperial.
Cultuam os ancestrais, por quem têm o maior respeito.
O govêrno era exercido pelo imperador, cujo poder era irrestrito.
Durante quase oito séculos foi auxiliado pelos samurais, que eram como soldados da aristocracia do Japão.
Abaixo mapa mundi com a localização das civilizações da Mesopotâmia, do Egito, do Mediterrâneo, da Anatólia, da Ásia Central e do Extremo Oriente.
Estas são as civilizações que se desenvolveram na Idade Antiga Oriental e que correspondem aos seguintes países atuais:
Países da Mesopotâmia: Síria e Iraque. Onde se desenvolveu a civilização dos Hebreus estão hoje Israel, Palestina e Libano.
País da Ásia Menor: Turquia asiática.
Países da Ásia Central: Irã, Afeganistão, Azerbaijão, Tadjiquistão, Uzbequistão Paquistão, Índia, Nepal e Sri Lanka.
Paises do Extremo Oriente:Camboja,China, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Filipinas, Japão, Mongólia, Tailândia e Vietnã,
País da África: Egito.

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